1 de novembro de 2017

família

Durante anos vivi com medo do que esta palavra me podia trazer à memória. Hoje, vivo com medo do que ela pode não ter na memória. Quando imploro para que o meu coração entenda que é assim que vai ser, que não se pode amar por todos, que cada um escolhe a forma como quer agir, lembro-me que não tenho que lhe ensinar isso. Lembro-me que não quero que o meu coração se esfrie porque outros estão congelados. Quero que ele entenda que eu não posso amar por todos mas posso amar cada-um-deles, que não posso escolher a forma como agem, mas posso agir de uma forma que se diferencie tanto que os faça repensar. 

Queria, um dia qualquer, dizer-lhes. "lhes" aos da minha família. Aos que não escolhi. Dizer-lhes que eles não sabem, mas se eu pudesse escolher, escolhia-os novamente. Aos que já passaram, aos que estão e aos que hão de vir. cada-um-deles.

Eles não sabem, mas são especiais, eu amo-os. Eles não sabem, ainda. Mas um dia, qualquer dia, eles vão saber. Que são especiais. Que os amo.



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