25 de outubro de 2015

A cultura que me obriga a não ser eu

forest, mountain, and nature image
A cultura do "não" reino de Deus obriga-me a tantas coisas, mas principalmente a não ser eu. 

Não posso acordar sem um sorriso, e  se assim o fizer, perguntarão se estou chateada com Deus, e se estiver, sou a pior cristã à face da Terra, porque afinal não é Ele o meu Criador? Como poderia eu estar chateada com quem me criou? Impensável. E se em ultimo caso eu insistir em ficar chateada o melhor é esconder-me pois quão vergonhoso deve ser, querer "enfrentar" o Rei dos Reis. 
Se por acaso alguém me provocar e eu responder com uma palavra ou frase menos bonita, o melhor é correr e fechar-me no quarto a orar, pedir perdão e só sair de lá quando tiver a certeza de que Deus não me irá castigar ou "mandar para o Inferno". 
Se olhar para algum rapaz e comentar quão bonito é o seu cabelo, deverei ser grata por só ter comentado o cabelo e talvez Deus me perdoe mais uma vez, mas cuidado porque já serão vezes a mais, sem esquecer que assim que chegar a casa deverei humilhar-me por tal feito, e permanecer calada da próxima vez, admirar em silêncio, porque só assim não serei julgada. 

É assim que a cultura do "não" Reino pensa e age. Pensam que perante Deus nada do que faço é aceitável, ainda para mais se isso for em nome dEle. 

Não digo com isto que não me fecho no quarto, oro, peço perdão e humilho-me perante Deus. Faço-o, constantemente e quero que isso aconteça cada vez mais, pois só assim descubro quem não sou e quem Deus quer que eu seja. 

Mas esta cultura obriga-me constantemente a não ser eu, de tal forma que muitas vezes me faz perguntar a mim mesma "Quem sou eu afinal?". 

Não quero viver com este medo constante. Medo de falhar, pecar. Não sei eu que sou pecadora? Não sei eu que sou falha? .....

Chego então à conclusão:

Não sou deste mundo, mas estou nele.

“Não ser do mundo” significa que vivo no mundo mas estou morta para todas as suas atrações. Sou simplesmente peregrina que passa pelo mundo, mas não o converte em lar.

Como João nos diz, "não faz sentido falar do quanto amamos a Jesus enquanto amamos o mundo. Não ganhamos nada por pregarmos adesivos de Jesus em todas partes dos nossos veículos e casas… se amamos o mundo. Porque se amamos ao mundo, não amamos a Jesus."

“O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (João 18:36).

Quando lia João 17 no grupo de Jovens da Igreja, alguns versículos falados têm tudo a ver com isto. 

"Manifestei neste mundo a tua glória, pois cumpri a missão de que me encarregaste." (v.4) A missão que foi dada a Jesus, também me foi dada a mim: Conceder a vida eterna a todos os que lhe foram confiados.

"Peço-te por eles; não pelos que são do mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus." (v.9) 

Todos nós cristãos, devemos ter consciência da nossa missão, e nunca desistir, tal como Jesus nunca desistiu. Ele pediu ao Pai por nós, porque somos dEle. Que honra...!