25 de dezembro de 2014

ano dos anos

O ANO DOS ANOS, 
Este foi realmente um dos "maiores" anos que já tive. 
Foi o ano onde tive as maiores desilusões mas também as maiores conquistas. 
Pela primeira vez, no Natal, não ABRI um único presente, daqueles com embrulhos tão elegantes, mas conseguiu ser um dos melhores, pois vivi com o real significado da época, e isso fez valer por todos os presentes ganhos em dezasseis anos. 
Conquistei tantas metas, realizei tantos sonhos.
Este foi o ano da MUDANÇA, o ano da ADAPTAÇÃO, o ano de TUDO e mais ALGUMA COISA. 
Foi o ano em que perdi muitos "amigos" e onde ganhei outros tantos.
O ano em que me afastei de mais familiares e me aproximei de outros.
Foi um ano de trocas e baldrocas.
Foi um ano complicado, e muito difícil? Com toda a certeza. 
Foi o ano em que mais chorei, de alegria, amores, tristeza, saudade, angustia, DOR. 
Foi o ano em que mais me vi crescer. 
Foi o ano em que mais me senti sozinha. 
Foi o ano que me senti menos notada.
Ainda que para mim tenha sido um dos MAIORES ANOS, sei que para muitos quase que não fui notada. Mas ainda assim, sei que marquei presença em tantas outras vidas, e me fiz ver nelas e é isso que me alegra e traz tanta paz ao coração.
Desejo que o próximo ano seja MELHOR a este, e que eu possa DAR MAIS DE MIM, atingir MAIS METAS, conquistar MAIS, SONHAR MAIS, e VIVER MAIS PARA DEUS.

19 de outubro de 2014

Uma surpresa de Deus!

Ainda estou completamente pasma com o que aconteceu hoje, o que julguei IMPOSSÍVEL , tornou-se POSSÍVEL. E eu realmente sinto que não havia melhor maneira de voltar a escrever aqui do que com esta história incrível. 

Ouvi no culto hoje que se temos algum assunto pendente com alguém NÃO PODEMOS PERDER TEMPO, É HORA DE IR TER COM ELA. 

Eu não pensei em ninguém em especial. Achei que não tinha assuntos pendentes com ninguém. MAS DEUS, SABIA QUE HAVIA ALGUÉM QUE ESPERAVA UMA RESPOSTA MINHA. 

Eu errei, errei muito. Com uma pessoa muito especial! Uma pessoa que sempre quis cuidar de mim, sempre se preocupou comigo e com toda a minha família e eu errei com ela. 

Passaram três anos e NUNCA MAIS nos falámos. Mas ela, e o seu coração, estavam tristes. Ela pedia para que eu a encontrasse de novo e pudéssemos falar novamente. 

TRÊS ANOS SE PASSARAM. TRÊS ANOS!  

E Hoje,  eis que ela mesma me encontra! PASSADOS TRÊS ANOS NOS VOLTÁMOS A ENCONTRAR! .....

Mesmo depois de eu ter errado com ela permanecemos juntas! Expliquei-lhe tudo, e o seu bom Espírito me perdoou. 

DEUS NÃO QUIS QUE NOS REENCONTRÁSSEMOS PARA NOS AFASTARMOS NOVAMENTE, MAS PARA NOS MANTERMOS UNIDAS COMO ANTES ÉRAMOS . 

Deus ama surpreender-nos, e quanto maior a nossa surpresa, maior o Seu sorriso.
Não importa o tamanho do nosso sonho, Deus vai sempre além.

OBRIGADO SENHOR! 



23 de julho de 2014

Tudo misturado e da pior maneira

Eu podia dizer que eu sei exactamente por onde começar este texto. Mas a verdade é que eu não sei.
Simplesmente eu não sei. É muita coisa que do nada decidiu vir para cima. Acho que pela primeira vez eu discuti aqui em casa desta maneira. A primeira vez que gritei com a minha avó, e discuti com ela. Não é algo que me agrade. Não é algo de que queria mesmo muito falar. Mas se não for aqui, não sei onde será.

Hoje eu dormi apenas três horas. A minha cabeça está dorida. Dói bastante, dói como se me estivessem a bater com martelos, como se a cabeça quisesse explodir de vez.  Aproveitei a hora que a minha avó saiu de casa ás sete e vinte e deitei-me, ás dez da manhã levantei-me após ouvir o telemóvel tocar sensivelmente vinte vezes , fui tomar um banho, vesti-me , comi e conversei com quem me tinha acompanhado toda a noite, aquela pessoa que tem realmente paciência para mim e que amo demais. Estava pronta para sair de casa e ir ao encontro do meu local de estágio, que já terminou, ia hoje receber a avaliação final, o grande feed-back, tão esperado. Encontrei-me denovo com a minha acompanhante e esta pediu-me que eu me sentasse para me fazer um convite. Pensei que me iria convidar para ir a casa dela, para um almoço, ou um jantar, embora fosse uma das maiores loucura....mas superou tudo isto. Um convite para trabalhar na empresa. Foi a melhor coisa que me poderia ter acontecido, a melhor coisa que poderia ter ouvido. Passar de uma mera estagiária a uma colaboradora de uma multi-nacional onde apenas são permitidas pessoas acima de 18 anos. Eu fui convidada. Com 16 anos. A minha cara dizia tudo, um grande sim. E em Setembro uma nova aventura irá começar. Apetecia-me sair dali e gritar para todo o mundo que eu tinha conseguido um dos meus maiores objectivos. Ás cinco da tarde começou a reunião com a acompanhante da escola e da empresa, tudo dentro do normal.

voltei para casa.

Assim que consegui liguei para a minha mãe e contei-lhe a grande novidade de ter conseguido o meu primeiro emprego.  ela não se mostrou tão contente assim, na verdade ela parecia preocupada. mas fiquei irritada no momento, afinal era uma das minhas maiores conquistas e ela não estava contente por mim (pelo menos não aparentava isso)  . a conversa foi curta, pois ela ainda trabalhava e eu realmente não estava com vontade de conversar mais com ela.

(...)

Eu não sei que horas eram, não olhei para o relógio, porque isso nem tinha a menor importância. era a minha mãe, mas desta vez a conversa foi diferente. Telefonou-me para saber como seriam os futuros pagamentos da escola, que meses não se pagavam e coisas do género, foi então que lhe contei o que o meu tio me havia falado. Para o ano todas as responsabilidades que ele teria sobre mim, vão ser passadas para mim mesma. Todo o dinheiro que a minha mãe iria enviar seria retirado do banco e entregue nas minhas mãos para eu mesma resolver todos os problemas que tinha que resolver, como o pagamento da escola , o pagamento da acrobática, pagamento do passe, e pouco mais porque o dinheiro nem é suficiente. a minha mãe ficou espantada. E eu pude ver o quão preocupada ela estava, podia senti-lo na sua voz. isso não era certo. Quando eu decidi morar aqui na capital todos se mostraram super dispostos a ajudar-me nesta nova etapa, e a orientar-me, mas agora acho que já se esqueceram um pouco disso, um pouco ou tudo. Eu sei que muita coisa aconteceu este ano, como por exemplo a saída do meu tio aqui de casa. Houve momento que eu o considerei um pai, uma pessoa protectora, que realmente se preocupava comigo e eu não posso dizer que estava errada. mas sim que ele mudou. Desde aí as coisas complicaram-se cada vez mais
Eu considero-me uma boa pessoa, mas não acho que tenha muita paciência e conviver com os meus avós diariamente é verdadeiramente complicado. e agora as coisas só pioraram ainda mais. Não me lembro quantas vezes ele foi a reuniões minhas. ou quantas vezes se preocupou com as minhas notas, com os sucessos que tinha na escola, com os meus problemas. eu ainda não consegui encontrar um familiar que fosse realmente ligado a mim. eu poderia até tentar dizer que essa pessoa é a minha mãe, mas não. nunca fomos ligadas, infelizmente, nunca. mas esse é outro assunto em que nem quero tocar ou então as lágrimas que já me caiem pelo rosto vão duplicar-se.
Mas voltando ao telefonema da minha mãe, eu acho que nunca a havia visto tão preocupada comigo (ou talvez eu nunca tivesse ligado verdadeiramente a isso) . Ela tocou em todos os assuntos, e revoltou-se com várias coisas, até porque ultimamente só se têm queixado de mim por aqui, o que me irrita profundo pois eu sei os erros que cometo mas eu sei o que faço de bom também.
Agora eu entendera porque ela nao estava tao contente quando lhe falei do novo emprego, afinal nem eu estava mais contente. De repente vi o mundo virar, cheio de obrigações que cairam de pára-quedas em mim.

A ideia da minha mãe é que eu vá viver para casa do meu pai e que ele seja meu encarregado de educação, afinal é uma das obrigações dele.
Eu não quero isso. Sou muito sincera. Eu não quero. Eu amo o meu pai mas sei que lá não será o melhor lugar para mim. Talvez eu tenha medo de mais uma mudança. Talvez seja isso... mas a verdade é que não me sinto nada bem quando me surge essa ideia na cabeça.

Como vou conseguir estudar, trabalhar e continuar na acrobática. Muitos podem achar simples desistir da acrobática, afinal é a menor obrigação, mas não é tão simples assim. É o único lugar onde consigo distrair-me, deixar os problemas de lado e fazer algo que realmente gosto. Eu não sei e tenho realmente muito medo disso, talvez a minha mãe tenha pensado nisso desde o primeiro momento que lhe falei do emprego, as mães são assim sofrem primeiro que nós, e eu tenho pena de não ter dado conta logo de começo.
Eu tenho medo que as coisas não dêm certo, que eu cometa várias falhas, que não consiga superar os meus objectivos, que aumentam cada vez mais....

Eu tenho pena que o meu tio tenha mudado, tenho pena que não seja mais a pessoa que conhecia e tenho pena que tudo isso apenas influencie o meu dia a dia.
Eu não queria voltar atrás e mudar nada. Eu queria mesmo conseguir mudar o que aí vem ...

"Vamos! Coragem! Você pode! Você é capaz! Supere-se!
A razão da sua vida é você mesmo!"
Luiz Carlos Mazzini










29 de junho de 2014

Para um príncipe

Talvez nos antigos diários eu pudesse escolher uma folha azul, toda perfumada com aquele cheirinho de bebé que todos querem manter por perto. Hoje esses diários não existem mais , mas posso dizer que a vontade de ter esse cheirinho perto de mim continua.


Talvez aqui eu pudesse escrever mil e uma palavras, ou até mais, só para dizer o quanto eu sinto a tua falta. Pensei numa carta emocionante cheia de coisas bonitas. Mas nada é suficiente para poder mostrar seja a quem for o quanto eu fico mal por não puder estar contigo.
Talvez apenas eu e tu possamos entender estas cartas. As tuas ainda não pois és pequeno. Mas pequenos gestos teus fazem-me acreditar que as tuas saudades também apertam. Apertam muito. E eu queria poder parar essa dor. A tua.  E a minha.
A ultima vez que decidi visitar a antiga cidade, onde tu estás a viver com o papá, foi surreal.
Eu pensei que tudo pudesse acontecer, pensei em coisas maravilhosas, aqueles reencontros dos filmes amorosos, das novelas, dos livros. Mas foi melhor ainda. Porque era o nosso momento. E era verdadeiro.
Desci do autocarro após umas longas e demoradas três horas de viagem. Não vejo ninguém conhecido.
Olho para o fundo e do nada, solta-se um arrastado grito "Mana!" e vejo um ser minúsculo a correr em minha direcção, já de braços abertos à espera de serem fechados num longo abraço. Corri na mesma direcção. E quanto senti finalmente o teu toque, sussurrei-te no ouvido "Pequeno!" . Foi melhor que qualquer filme que já tinha visto, melhor que qualquer novela que assisto junto da nossa avó, melhor que qualquer livro. Foi melhor que tudo. Foi só eu e tu. Foi a perfeição . Foi a dor da distância que estava finalmente a ser apagada dos nossos corações.
(...)
Consegues lembrar-te de quando os pais diziam para deixarmos as brigas e aproveitar-mos o tempo juntos? As conversas que nem sei qual de nós tinha menos paciência para ouvir. Hoje desconfio que eles tinham mesmo razão.
Só queria ter descoberto isso de outra forma.
(...)
Meu anjo!
Passava os dias a brincar ás escolinhas, e sonhava o dia em que entrasses para o Ensino Primário para te poder ajudar com os deveres de casa. Perdi tudo isso. Custa-me imenso saber que perdi o teu pulo para o mundo das responsabilidades. O mundo dos crescidos, onde temos que aceitar as ordens de superiores. E tu entendes muito bem isso agora. Na verdade acho que entende já bem antes disso.


Fotos destas antigamente não tinha a menor importância, todos os dias nos víamos, e tínhamos de olhar para a cara um do outro, hoje só te posso ver através delas. Irritada por não ter tirado muitas mais.
Talvez agora para leres esta carta demores um dia inteiro, já que a tua leitura soletrada não permite mais rápido. Mas espero que a possas ler. E guardá-la para ti. Queria poder escrever uma carta , contando que hoje brigámos, ou que fizeste birra para não fazer os trabalhos, ou porque não querias comer, ou porque simplesmente sim! Mas não, estou a escrever por não conseguir ter isso, ver, ouvir, não poder ouvir um "Amútiii" ou apenas receber um abraço depois da escola.

"Nenhuma distância é longa demais para separar um amor que nasceu não do físico, mas da alma que une corpos e sonhos mesmo á distância."

27 de junho de 2014

E hoje eu sonhei

E hoje eu sonhei ... mas não durante a noite.
Saí do trabalho eram umas duas da tarde, decidi que talvez eu não queria ir para casa já , fui então a um jardim que ali há pertinho, ás vezes isto faz-me bem, quando a cabeça anda a mil .
Sentei-me lá em qualquer banco , até porque estava quase vazio, ali era apenas eu , os bancos , a relva, e os passarinhos (tirando as formigas que teimavam em andar em cima do meu pé) . Eu estava bem ali, e nem ia com intenções de fazer nada mesmo . Olhei assim meio de repente para o nada, nem me lembro sequer , e mil e uma coisas pela cabeça. Assuntos bem recentes, que não me largam.

E sonhei.

Sonhei com uma chegada ao aeroporto, sonhei com palavras .... um "Pequena!" e um "Anjo!" bem fortes vindos assim de um corredor longo, e terminando num abraço forte.

Olhando para isso eu até poderia imaginar-me a mim e a um loiraço (no caso namorado) , mas não! Seria apenas eu e uma amiga.

O destino nunca me quis trazer grandes amizades que estivessem perto de mim, e desta vez foi lá do outro lado do mundo. Brasil.

Nunca eu pensei que poderíamos um dia nos conhecer pessoalmente. Na verdade eu ainda penso que isso é impossível. Parece tudo um pouco surreal. Sabem quando as amizades parecem perfeitas demais? Parece que há algo que vai dar errado. Eu tenho medo que o "errado" seja o "distantes para sempre" .

Mas eu nunca sonhei connosco assim separadas, sei lá , uma história de amizade mesmo à distância. Sonho sempre connosco juntas, ora no aeroporto, ora a passear, ora a desabafar, ora a qualquer coisa, menos distantes. Os sonhos podem mesmo tornar-se realidade? Ou não passarão de sonhos! Independentemente da resposta a essa pergunta (Se é que tem!) eu quero acredita que um dia nós nos conseguiremos ver. Na verdade ver não! Tocar! Porque ver vejo-a eu quase todos os dias , aliás foi para isso que criaram o skype e tecnologias assim.

Talvez um dia esse dia chegue, talvez esse dia esteja perto. Ou talvez não tenha passado de um sonho... um sonho bom!

....

Talvez eu deva esperar para ver o que o destino quer para mim, ou para nós no caso

Diário, não contes a ninguém

Talvez pela décima eu esteja a criar um cantinho para escrever qualquer coisinha que a minha cabeça queira soltar!
E começou assim..............
Era eu uma miúda, como qualquer outra , que cada vez que entrava numa loja queria um diário , daqueles cor-de-rosa, cheios de frufrus, talvez fosse só pela graça que eles tinham, podia até ainda ter uns três vazios em casa, mas achava eu que fazia sempre falta! E não é que fizeram mesmo? 
Ensino Primário e andava eu já cheia de crises (mal sabia o que havia no futuro) e adivinhem quais os maiores problemas? As amizades! Que rapariga nos seus perfeitos 9, 10 aninhos não tem problemas com as amigas?, é o maior drama por tudo! 
Então pois claro, tudo isso teria que ser escrito em algum lugar... seguro! (pensava eu) e é aí que os montes de diários começaram a entrar em acção, tudo era motivo para escrever ou como dizia eu "Contar ao diário". 

E no final de cada folhinha colorida e perfumada dizia sempre "Diário, não contes a ninguém" . 

São pequenos pormenores da nossa infância que nos fazem criar projetos no futuro, e aqui estou eu!
Prazer, Marta !
16 anos feitos em pleno Março mais precisamente dia 21.

E por enquanto é o importante a saber . Não pretendo ter momento marcado para aqui escrever , afinal os nossos pensamentos não têm hora marcada, (ou pelo menos ele nunca me avisou) .