21 de janeiro de 2017

my little boy


Sometimes I want to go back, so I could have you every day.
My little boy, just dont forget me. I love you so intensely. 
I want your hugs, your kisses, your screams and (yes) your crying. 
Sorry if I didnt enjoy the time with you. ðŸ’•ðŸ’•

17 de janeiro de 2017

a partida

[dia 15 de janeiro, 04:45]

Eu e as cinco pessoas que aceitámos esta aventura fizemos as ultimas despedidas no aeroporto, os últimos abraços e as pessoas que lá nos deixaram encheram-no de palavras de carinho, olhavam umas para as outras com um olhar de quem sabe exatamente o que o outro está a sentir.

Nós subimos as escadas rolantes, errámos o andar no elevador e fomos em direção ao avião que nos levaria a voar sobre o que até agora era só um sonho e uma expectativa. Rimos, comemos algo, e embarcámos.

Não passaram mais do que quinze minutos e demos por nós a olhar uns para os outros, com um olhar, à semelhança dos nossos pais, de quem sabia o que o outro estava a sentir. E ouvíamos coisas como "Seis meses? Agora é que estou a pensar" "Será que aguento?" "Eu não estava mentalizada" "Achei que nunca mais me via neste avião e agora..." 

Palavras de quem estava com medo do que iria acontecer quando o avião pousasse. (ou palavras de quem tinha medo que o avião não chegasse sequer a pousar HAHAHA) 

A visão da nossa fila eram de cabeças encostadas no ombro do companheiro do lado, eram de conversas encorajadoras, eram de olhares pela janela, era uma visão de seis jovens num avião, rumo a uma das maiores aventuras da vida.

Era uma visão tão genuína, éramos só nós, com medo e com uma ansiedade inexplicável mas capaz de nos entendermos uns aos outros.


Não me mentalizei

Sinto que nunca estive mentalizada de que ia estar aqui. Nunca me cheguei a mentalizar de que dia quinze de janeiro eu ia entrar num avião para viver fora durante seis meses, para crescer a um nível fora do meu alcance de pensamento. Será que ainda hoje eu tenho noção do que são seis meses? Na verdade eu creio que não, mas é aos poucos que descubro tudo isto. Talvez o facto de já aqui ter estado dois meses me leve a amenizar as coisas, e neste momento tenho medo do momento em que me vai "cair a ficha" de que seis meses é meio ano, e meio ano é muita coisa.

Talvez as pessoas que lá deixei tenham mais essa consciência do que eu própria, e essa talvez seja a minha maior certeza. Os últimos abraços que dei vinham sempre acompanhados de lágrimas mas nunca da minha parte.

Porque talvez em momento algum eu considerasse uma despedida.