2 de janeiro de 2016

Tu eras o príncipe.


Tu eras o príncipe. Para mim ainda o és. Escrevi duas frases, com um ponto final entre elas para ter uma grande pausa, e será assim até ao fim da mensagem. Preciso de respirar bastante para conseguir terminar isto. 

Há imenso tempo que eu queria escrever sobre ti e para ti. Não o fiz. Ou por medo, ou para não me tentar relembrar de tudo, ou simplesmente por estupidez. (Acredito que tenha sido a última) . Eu poderia terminar isto a dizer "Tenho saudades e preciso de ti", porque iria resumir tudo isto. Mas eu quero e preciso de escrever tudo. 

Começámos por ser amigos estranhamente. Namoravas com uma das minhas melhores amigas. E eu só queria mesmo é que fossem felizes os dois. Mas podemos passar essas coisas à frente? Não foi realmente o mais importante. 

Nós aproximámos-nos. Tu já eras mais que "um simples amigo" mas nunca passou de amizade. Tudo o que eu sentia partilhava contigo, tudo o que eu precisava de falar, era contigo. Tu eras aquele que compreendia tudo e sempre ficava lá até ao último momento. 

Vieram mais problemas, muita gente me abandonou e tu ficaste lá para mim. Abriste-me os olhos, mas permaneceste até ao último momento. Jamais me abandonaste. E prometeste não o fazer. Mas falhaste. 

Num dia, num acampamento, quando estávamos todos de volta da lareira, já de madrugada, eu adormeci ao teu colo, e tu não me abandonaste, deixaste-me ficar lá, até decidires que seria melhor colocar-me na tenda e ficar lá perto de mim. Nem na noite fria me deixas-te. 

Porque é que o fizeste mais tarde?  

Numa outra noite, ás 23:00, eu mandei-te uma sms. Disse que precisava de ti. E tu perguntas-te onde me podias encontrar. No parque da cidade. Largaste o estudo (Na verdade trouxeste a folha para o parque) e vieste ter comigo. Abraçaste-me e ficámos os dois sentados na rampa de skates. Disseste que ficarias sempre comigo. 

Porque é que não ficaste? 

Dia 4 de Agosto de 2013 foi a minha despedida, eu vinha para Lisboa. E lembras-te de tudo o que me prometeste? Então pensa em tudo o que já falhaste. 

Quando começou a existir uma certa distância eu achei que precisava de fazer alguma coisa. Combinei tudo com a Paula e decidi aparecer de surpresa. Ela foi para o parque e disse que precisava muito de ti, e tu foste ao encontro dela. Atrás de um arbusto estava eu. Na altura oportuna saí, corri a abracei-te. Foi especial. Mas acho que não serviu de tanto assim. 

Tu deixaste-te levar por amigos. Amigos que achavam que nós éramos mais do que, na verdade, éramos. E por isso decidiste deixar-me. Afastar-te E abandonar tudo o que vivemos. 

Hoje, eu só tenho memórias. 
Nada te substitui. Mas nada te traz de volta. 

Volta. Por favor. 






2 comentários:

  1. Era bom levares essa amizade contigo para sempre, mas se ainda não pode ser ao menos fica com as memórias. Não penses mais nisso.

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    1. É verdade Summer, era muito muito...Infelizmente luto para que voltemos a falar como antes, o que tem sido muito difícil mas eu sei que não é impossível porque ainda conheço o coração dele. Beijinhos linda

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