28 de fevereiro de 2016

Eu nunca sei.

Eu nunca sei o que realmente se passa, 

Sinto que estou a chegar ao ponto em que nem a escrita suporta a dor, em que nem mesmo ela consegue descrever todo o sentimento envolvido. 

Sabem quando num instante colocamos os fones arrumados no bolso, e noutro tiramos para fora e estão todos enrolados, e temos que dedicar umas horas para os conseguir desenrolar? A minha vida (e provavelmente a de outros) é assim. 

Temos direito a cansarmos-nos? Se não temos, estou prestes a fazê-lo. Azar! E esse também fica para mim, como na maior parte das vezes. 

Eu ainda não me cansei de tentar ouvir o que Deus tem para mim, duvido que um dia me canse disso. Mas estou fraca para o conseguir fazer. Não consigo simplesmente. Tão simples e complicado ao mesmo tempo. Não consigo perceber mil e uma coisas da Sua natureza, e eu sei que jamais irei perceber enquanto estiver nesta terra, mas também sei que se não me esforçar para tentar buscar a Sua vontade nunca irei ter respostas pois nem sequer terei o privilégio de entrar no Reino dos Céus. É assustador? Bastante. Encorajador? Também.

Acredito que Ele me deu esta família, esta história de vida e esta personalidade. E com a melhor das intenções. Mas que é complicado juntá-las e viver diariamente com elas, isso é.  

Não consigo perceber de que forma Ele acha que consigo juntar as peças do puzzle e formar algo que seja digno dEle. Não consigo perceber. 

Não é tudo o que quero ou preciso dizer, mas é o que consigo de momento. No meio de um vazio dorido, é isto. 


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