A Ovelha Perdida.
Nesta primeira história temos que ser a pessoa que vai mais além do limite. Conta-nos a história de um pastor que tinha 100 ovelhas. Uma delas perde-se. E esse pastor em vez de dizer "Wow, continuo a ter 99, logo virá a altura da reprodução e não há problema", ele foi buscá-la. E não diz que a foi buscar a um prado verde. Deixou as 99 ovelhas e foi ao deserto buscar a que se tinha perdido. Um deserto não é um lugar para estar sozinho: é perigoso, incerto, desconhecido e desabitado. Não encontras alguém como tu para dizeres "não estou sozinho". E este homem entra no deserto sem saber qual será o resultado. A sua ovelha ainda estará viva? Num deserto? Sem comer? Sem beber? Vai sequer encontrá-la?
Atenção, um deserto não tem que ser um sítio físico.
Temos que ser esta pessoa. Que olha para o deserto e diz "Não tenho medo, não importa o que possa encontrar, eu vou".
Lá fora, na nossa cidade, não há nada que entregue vida. Pode estar cheio de luzes, de festas mas a Biblía diz. "Todos os que não estão em Cristo, estão mortos e não têm esperança".
Como pastores, (porque todos somos pastores. Pastor não é um título, é uma responsabilidade e um compromisso que tomamos quando dizemos a Jesus que queremos levar pessoas a conhecê-lo. Se servimos e somos apaixonados pela igreja de alguma maneira somos pastores) temos que desesperar-nos pelos perdidos que estão lá fora.
Diz, na história que "com alegria" pega na ovelha e coloca-a nos ombros. Sinceramente qual seria a nossa vontade? Carregá-la nos ombros para não a soltar até estar segura? ou dar-lhe um berro e empurrá-la até ao curral? Podemos calcular o final da história: alegria.
Mas existem dois lados.
E as outras 99 ovelhas?
Às vezes como ovelhas não o permitimos, queremos tudo muito cómodo. Não importa se não estamos todos os domingos, não importa se não temos o nosso grupo de conexão/pequeno grupo no dia x, não importa se temos que ir ao outro lado da cidade, apanhar metro, andar a pé, se for para encontrar um. As 99 ficaram num deserto, não ficaram num lugar cómodo, ficaram apertadas num curral, sozinhas. Vamos estar juntos como estas ovelhas, vamos defender-nos, cuidar uns dos outros, orar uns pelos outros, carregar os fardos uns dos outros e quando o deserto queimar, fazer sombra uns aos outros. Mesmo que não tenhamos tudo cómodo: vamos por mais.
7 — Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender
Às vezes pensamos que a nossa fidelidade merece um aplauso do Céu, quando a nossa fidelidade é o que Deus requer de nós. "Senhor, leio a Bíblia todos os dias, sirvo na igreja, dou o dízimo"
O aplauso do Céu vem quando um coração se arrepende e volta a casa.
Acende uma Lâmpada, Varre a casa e Procura com Cuidado.
procurar os perdidos na nossa cidade
Normalmente quando perdemos algo começamos a procurar desesperadamente, depois varremos um pouco e por fim acendemos a luz. A Palavra de Deus diz que a Bíblia é lâmpada para os nossos pés. Quando damos algo por perdido, devemos ter essa luz presente e pronunciá-la. Antes de fazer seja o que for devemos pronunciar a Palavra de Deus para procurar o que está perdido. Qual foi a última vez que olhámos para as ruas da nossa cidade e pronunciámos palavra de salvação? Quando pronunciamos e declaramos as promessas de Deus estamos a acender a luz para poder procurar os perdidos. Sem vergonha de colocar versículos nas nossas redes sociais, colocar autocolantes no carro, imagens no telemóvel, no nosso vocabulário devemos pronunciar a Palavra de Deus. Varrer significa retirar obstáculos do meio, retirar a sujidade, retirar o que está ali e não deve estar. Muitas vezes achamos que encontrar os perdidos é arrastá-los para a igreja, talvez tenhamos que varrer um pouco: ofensas, críticas, dor, orgulho, atitudes, preguiça. Varrer obstáculos para encontrar o perdido. Procurar com cuidado e não apenas por alto. Lembramos-nos quando não encontrávamos algo, perguntávamos à nossa mãe e no fim ela encontrava sempre? Porque as mães procuram a fundo.
Temos que procurar com esse cuidado, e com os olhos abertos quando vamos trabalhar, não estamos simplesmente a ir trabalhar: somos representantes do Reino dos Céus, somos embaixadores do Reino dos Céus no nosso trabalho, na nossa escola, na nossa família, na rua. Não coloquemos apenas auriculares e passeemos tranquilos, porque há perdidos que gritam para serem encontramos, mas também há outros que não gritam e temos que prestar um pouco mais de atenção.
Temos que procurar com esse cuidado, e com os olhos abertos quando vamos trabalhar, não estamos simplesmente a ir trabalhar: somos representantes do Reino dos Céus, somos embaixadores do Reino dos Céus no nosso trabalho, na nossa escola, na nossa família, na rua. Não coloquemos apenas auriculares e passeemos tranquilos, porque há perdidos que gritam para serem encontramos, mas também há outros que não gritam e temos que prestar um pouco mais de atenção.
Parábola do Filho Perdido
Os porcos naquela altura eram animais considerados impuros, desprezáveis, vemos que este homem não simplesmente cuida dos porcos como come o mesmo que eles. Um homem que desonrou o seu pai, pediu a herança, gastou tudo e agora está entre os porcos. Um homem que segundo os religiosos não merece atenção, nem uma oração, nem um suspiro, nada. Regressou a casa do seu pai, e mesmo de longe o pai já estava a sua espera pronto a recebê-lo de braços abertos e fazer festa. Festa por encontrar o perdido. Encontrar o que estava morto. Este pai não perdeu a esperança, em vez de fechar as portas e focar-se no que tinha dentro, colocou-se à porta com esperança de encontrar o perdido. Sejamos este pai. Mas o filho mais velho ouviu toda a festa e ficou extremamente chateado, considerando que tinha dado tudo e não tinha recebido nada. Ao contrário o pai disse-lhe que todo este tempo, tudo o que era seu era dele também.
Que nunca chegue este momento ao nosso coração, porque a realidade é que trabalhamos duro na igreja, mas que jamais chegue o dia em que o nosso coração dá a volta e perguntamos a Deus "Porque é que trabalho como um burro para os outros?" . Ele irá responder-nos "Não entendes que és meu Filho? Tudo é Teu também". Somos Filhos, toda esta festa é nossa também, fazemos parte. O pai disse ao filho que ele não tinha recebido nenhum cabrito ainda porque não tinha pedido. Podemos desfrutar de Deus, podemos desfrutar de tudo o que Ele tem para nós. Esse é o Seu desejo também.
Somos irmãos mais velhos destes filhos perdidos que encontram a nossa casa. Queremos dizer "Senhor, queremos que o foco esteja neles". Às vezes é incomodo, e gostávamos que fosse tudo sobre nós, mas este é o mundo a que Deus nos chamou: um mundo desesperado pelo Seu Amor.
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