[Nascida a 21 de Março de 1998, em Lisboa.] Marta Capelo. Prazer! ❤
Como leram nasci na capital de Portugal. Até aos meus 3 anos vivi com o meu pai e a minha mãe.
Depois disso fui para casa dos meus avós maternos e permaneci lá, junto da minha mãe, até aos meus 5 aninhos.
Depois disso, fui viver com o namorado da minha mãe , na altura. Mudámos de cidade. Mudámos de vida. Elvas, Alentejo!
Um calmo e sereno lugar. E ali fiquei. Quase toda a vida.
Aos meus maravilhosos 8 aninhos , nasceu o príncipe da minha vida. Daniel. O ser maravilhoso que encheu a minha vida de amor e lhe deu mais cor, meu lindo irmão.
Vivíamos juntos cada dia, cada sorriso dele fazia o meu dia melhorar e valer a pena!
O que eu e ele nunca pensámos que aconteceria . Aconteceu. Separação. Divórcio. Distância.
Uma noite no Algarve. Décimo andar. 'Pais' na varanda a conversar. Eu no sofá da sala pequena e muito cómoda. E o pequeno dormia tranquilo sem saber que noticia iria receber no dia seguinte.
Eu escutava tudo. Cada frase daquela conversa. Sento-me, e espero os dois saírem da varanda e passarem pela sala onde dormia para irem para o quarto. E depois de pelo menos uma longa hora de conversa, eis que os dois se levantam das cadeiras verdes, de plástico que estavam na varanda, abrem as cortinas para passarem pela sala e ali estou eu. Lágrimas escorriam pelos olhos. Olharam um para o outro. Sentaram-se ao meu lado. Nada mais me podiam explicar , afinal eu ouvira tudo. Tudo o que não devia. E o meu padrasto disse-me "Preciso que tomes conta da tua mãe, porque ela merece" a frase parecia bastante linda, até eu me dar conta de que nessa frase não constava o meu irmão. E pergunto-lhe eu: " E o mano?"
Não sabia eu o porquê mas começaram as cair lágrimas aos dois. E então explicaram-me que ele ficaria com o pai, e eu com a minha mãe. Confessaram que o mais complicado de todo aquele processo seria separar uma criança de 6 anos da mãe e da irmã. Fazê-la entender mais ou menos tudo aquilo .
Eu podia agora contar-vos como foi a manhã seguinte, mas já tentei mil e uma vezes e não consigo, não faço a menor ideia de como foram os restantes dias até voltarmos para a nossa casa. Nem me recordo de como tudo foi acontecendo.
As coisas foram um pouco mais rápidas. A minha mãe já tinha um namorado e já tinha arranjado uma casa para ambos morarmos , ou seja os três. No começo parecia a pior coisa do mundo. Não era viver só com a minha mãe. Não era viver com um desconhecido. Nem era tão pouco viver com os dois. Era viver sem quem me criou, quem foi o segundo pai. Quase me arrisco a dizer o primeiro! Era viver sem o pequeno ser que iluminava a minha vida.
Era Verão. O único verão desde o nascimento do pequeno, que não estávamos juntos. Parecia que cada dia era um mês. Sem brincadeiras estúpidas, sem discussões, sem puxões de cabelo, sem aquelas coisas típicas de irmãos. Até que dia sim , dia não , ele ía lá a casa. Passavam-se assim os dias, aproveitando cada momentinho ali , numa Quinta longe de tudo da cidade. Não existia NADA ali, apenas mais Quintas.
A partir desse momento comecei a não aceitar muito bem as decisões da minha mãe.
Pensei. Pensei. Pensei. Pensei. Pensei. Pensei. Pensei. Pensei. Pensei. Pensei. Pensei. Pensei. E Decidi.
Já que tinha mudado tantas vezes, porque não mudar de verdade? Mudar para melhor. Decidi que seria hora de estudar o que queria, onde queria. Afinal eu tinha terminado o nono ano e ia para o Secundário.
Falei com a minha mãe. Telefonei para os meus tios e avós. E tudo estava combinado para me mudar. Fiquei ainda um mês em Elvas para me poder despedir de tudo e de todos, principalmente quem lá iria ficar. Aqueles por quem iria morrer de saudades a cada dia. Marquei uma data. Um almoço e uma ida á piscina. Poucos foram os que apareceram. Mas sabe tão bem ver quem durante todos aqueles anos tinha sido verdadeiro para comigo, quem realmente se importava com a minha ida.
E na semana de 10 a 17 do mês de Agosto lá me mudei (novamente). Terminei o Verão, iniciei o meu curso profissional da Escola de Comércio de Lisboa. E estou aqui até hoje, passou 1 ano.
O que mais custa nestas mudanças é sem duvida ficar longe de quem amamos. Fico meses sem ver o meu irmão. Quando nos vemos é algo inexplicável . Corremos para os braços um do outro, abraços fortes e longos. De quem ama e espera cada segundo para rever o outro. Irmãos são assim .
E após tanta mudança, acho que estou num caminho certo. Encontrei várias pessoas que me ajudaram. Que mesmo longe estão cá para mim. Estou a tirar um curso que gosto. Pratico Acrobática que sempre foi uma grande paixão. E espero melhorar como pessoa a cada dia. Tornar-me melhor em tudo para no final, o sucesso ser maior.
"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças."





Menina, quanta mudança!!! Que loucura!!! Vejo que vc é muito forte!!! Obrigada pela visitinha lá no blog e lógico que lembro de vc... rsrs O trio vai muito bem, graças a Deus!!! Bjs e fica com Deus!
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